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OPINIÃO: Feliz Natal pra você!


Há mais de dois mil anos nascia um menino em Belém, que viria ao mundo para trazer uma mensagem de paz, amor e fraternidade. O menino veio de uma família humilde, em que o brilho e a luz não estavam fora, mas dentro. Um iluminado. Esta é a história. Depois, a gente incrementou, inventou os presentes como uma forma de demonstrar afeto, criou as decorações de Natal que foram ficando cada vez mais grandiosas e luxuosas. Natal é uma época em que, querendo ou não, ficamos mais sensíveis, nos emocionamos mais. E ainda mais quando nos propomos a ter um outro olhar para as pessoas, um olhar espiritual, de compreensão, de amor, de entendimento. Para ganhar o Natal é preciso se comportar, diria o Bom Velhinho. Que este comportamento envolva respeito, amor e muita empatia.

Ganhei meu Natal quando conheci o professor Daverlan e a sua linda história. Ele, que é privado da visão, enxerga com o coração o que muitos não veem com os olhos perfeitos. Ganhei meu Natal quando vi que a Márcia, a mãe da Escola Sérgio Lopes, passou horas lendo para os seus 4 filhos durante a Feira de Leitura. Ganhei meu Natal quando vi tantas pessoas doando preciosos minutos para ouvir uma história lida por uma criança em meio ao movimento do shopping. Ganhei meu Natal quando os meninos que cumprem medidas sócio-educativas encontraram na leitura uma forma de liberdade e de mudança das próprias vidas. Quando um livro fez diferença numa trajetória tão triste. Quando um livro salvou uma vida, ou tantas vidas. Ganhei meu Natal todas as manhãs de sábado neste dezembro, quando centenas de artistas - duendes, músicos, dançarinos, prendinhas e peões - coloriram a Avenida Rio Branco, arrancando sorrisos e diminuindo o passo de quem andava apressadamente pelas calçadas.

Ganhei meu Natal quando encontro os olhinhos brilhantes e uma alegria descabida nos passageiros do trenzinho. Uma experiência que encanta e deixa marcas em crianças de todas as idades. Ganhei muito quando uma jovem vovó me perguntou se ela poderia passear no trenzinho, já que não era mais criança, mas que guardava uma saudade enorme de um tempo distante e queria relembrar. Era só um passeio. Só? Ganhei meu Natal quando despertamos os sorrisos dos vovozinhos do Lar Vila Itagiba, proporcionando um momento de alegria, de carinho com aqueles que preparam um mundo para nós. Me emocionei com o vovô que subiu no trem para procurar sua mãe, que, fiquei sabendo depois, nunca conheceu.

Ganhei meu Natal com a alegria de todos que deram o seu melhor para que este Natal fosse encantado. Em cada sorriso, em cada abraço, em cada história. Ganhei meu Natal! Porque Natal tem a ver com o que cada um de nós pode fazer pelo outro. Foram essas luzes que iluminaram meus dias e o de todos que passaram por esta experiência, tenho certeza. Para viver o Natal é preciso acreditar, com atitude, respeito, amor ao próximo e um olhar que vem do coração. Simples assim. Feliz Natal!

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